Conversamos com a Dra. Elisa Barreto (CRM 52-104779-5) – médica pós graduada em oftalmologia e especialista em cirurgia plástica ocular (oculoplástica) – sobre a blefaroplastia, a famosa cirurgia das pálpebras superiores ou inferiores. Na conversa, a Dra. Elisa respondeu às principais dúvidas que os pacientes têm sobre a cirurgia: riscos, antes e depois, anestesia, recuperação, cicatrização… tudo! Continue lendo para conferir ou, se preferir, aperte o play no vídeo abaixo:
A blefaroplastia é uma cirurgia que consiste na retirada de pele, gordura e até mesmo de músculo das pálpebras superiores ou inferiores do paciente. É um procedimento que tem objetivos estéticos e, também, funcionais. Por isso, é importante que a cirurgia seja feita por um profissional especializado na área.
Há muitos pacientes que procuram a cirurgia porque estão com a visão prejudicada devido ao excesso de pele nas pálpebras, que fazem com que um simples “piscar de olhos” seja cansativo. Geralmente, esse paciente se incomoda também com a aparência das pálpebras. Desse modo, ao retirar esse excesso de pele, a visão do paciente é recuperada e a aparência das pálpebras também.
Por isso, a Dra. Elisa Barreto conclui:
“[…] É uma cirurgia que vai retirar esse excesso de pele devolvendo tanto o contorno da parte anatômica ocular quanto o campo de visão, que pode estar prejudicado”.
A blefaroplastia depende de uma indicação correta – podendo ela ser funcional ou estética, variando conforme o caso. Por isso, só quem pode afirmar com certeza se uma pessoa está apta a realizar a blefaroplastia é o médico oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular (oculoplástica) após avaliação em consultório.
Como a Dra. Elisa Barreto aponta no vídeo,
“Existem pacientes que não têm excesso de pele, mas têm um fundo ocular um pouco diferente […] E aí o paciente quer mudar essa estrutura e acha que a blefaroplastia é a solução e nem sempre é o caso. Portanto, a blefaroplastia é uma cirurgia que deve ser indicada corretamente caso a caso.”
Normalmente, as pessoas a partir dos 50 anos costumam se queixar mais do aspecto das pálpebras. Em muitos casos, ainda não há perda visual causada pelo excesso de pele, embora o quadro do paciente possa evoluir para essa condição no futuro.
A blefaroplastia geralmente é realizada somente uma vez na vida. No entanto, algumas situações podem levar o paciente mais uma vez ao centro cirúrgico para fazer o procedimento. Entre as situações levantadas pela Dra. Elisa Barreto, estão: pacientes que ganham peso excessivo; exposição excessiva ao sol; paciente que coça muito os olhos; e quando os pacientes realizam a cirurgia muito antes da hora.
A blefaroplastia é realizada por alguns profissionais na área médica. O ideal é que você realize essa cirurgia como um médico da sua confiança. Você tem que estar à vontade com o profissional e este, por sua vez, deve ser claro com as projeções e alinhá-las com o que você deseja.
Uma grande vantagem de fazer a cirurgia com um oftalmologista especialista em oculoplástica é que ele se atenta à anatomia das estruturas oculares e à saúde ocular, indo bem além da estética.
Existem diferentes procedimentos para realizar a blefaroplastia, como a blefaroplastia sem cortes, a blefaroplastia a laser, entre outras técnicas. Esses métodos geralmente são feitos em pacientes que têm um discreto excesso de pele e quer evitar uma cirurgia. Costumam ser técnicas mais simples e menos invasivas. Contudo, em alguns casos, simplesmente adiam a cirurgia com cortes ou melhoram temporariamente a aparência flácida causada pelo excesso de pele nas pálpebras.
De toda forma, a regra é clara: procure um médico especializado para realizar qualquer tipo de procedimento na região dos olhos – mesmo que seja somente por questões estéticas.
Segundo a Dra. Elisa Barreto, a cirurgia começa no planejamento no consultório e é necessário alinhar o que o paciente deseja com o que realmente pode ser feito na prática. Isso ocorre porque existem estruturas anatômicas que não podem ser modificadas. Afinal, não adianta nada ficar com a pele esticada e não conseguir fechar os olhos depois.
No centro cirúrgico, antes de iniciar a cirurgia em si, também existe uma etapa de planejamento. Ainda segundo a Dra. Elisa Barreto, o médico realiza marcações com uma caneta e utiliza um compasso para que as medidas entre os olhos fiquem simétricas. Essa é uma etapa importante para estabelecer o que de fato pode ser feito.
No ato cirúrgico, a cirurgiã retira um feixe de pele e faz pontos nas pálpebras, reaproximando as estruturas. Nas pálpebras superiores, são feitos pontos contínuos. Nas inferiores, são realizados pontos simples. Esses pontos devem ser retirados com aproximadamente uma semana da cirurgia por um médico.
A blefaroplastia é uma cirurgia que deve ser realizada em centro cirúrgico especializado. Não se faz esse tipo de operação em consultórios. É necessário acompanhamento de um anestesista e de todos os equipamentos e da segurança que somente um centro cirúrgico bem equipado pode proporcionar ao paciente e à equipe médica.
Vários problemas podem ser ocasionados devido à higiene do local onde se fez a cirurgia. Na blefaroplastia, há sangramentos que devem ser cauterizados e tratados em ambiente completamente estéreis sob risco de contaminação e, consequentemente, infecção.
Na blefaroplastia das pálpebras superiores, um pedacinho de pele e um pouco de gordura é retirado. Às vezes, a cirurgiã retira um pouco de músculo também. Isso tudo é feito com muito, muito planejamento.
Na blefaroplastia inferior, em geral, a cirurgiã retira mais as bolsinhas de gordura, mas também pode ser retirado pele e músculo. Isso, como sempre, varia de caso a caso.
Nossos olhos ficam guardados dentro de uma caixa de ossos – ali juntinho com os músculos, os nervos, os vasinhos e tudo mais. Quando há qualquer fragilidade dessa parte anterior, é para as pálpebras inferiores que a gordura vai, causando desconforto estético e, às vezes, problemas funcionais aos pacientes.
A blefaroplastia tem corte e todo corte gera preocupação com a cicatrização. No entanto, a pele ao redor dos olhos é uma das peles mais finas do corpo humano. Por essa razão, é comum que a cicatrização ocorra de forma satisfatória. Até mesmo pacientes que têm queloide conseguem ter bons resultados.
Quando a cicatrização ocorre de um modo indesejado, é possível adotar algumas estratégias com medicamentos, mas é raro que essa área deixe cicatrizes muito aparentes.
A retirada excessiva de pele é um dos problemas mais comuns da blefaroplastia. Inclusive, parte dos pacientes que procuram o especialista em oculoplástica querem corrigir algum procedimento feito de forma incorreta anteriormente.
Quando se retira pele demais das pálpebras, o olho não fecha direito. Se isso acontecer, ele vai arder, ficar ressecado, vermelho e não vai enxergar bem. Por isso, é muito importante que a cirurgia seja bem planejada e feita por um especialista que entenda da saúde da visão.
Outro problema grave que pode acontecer são os hematomas. Existem aqueles hematomas roxos que ocorrem no pós operatório e que às vezes pode até mesmo descer um pouco na face. Essa é uma possibilidade real e esperada.
O problema acontece quando o hematoma é causado pela não-cauterização do sangramento durante a cirurgia. Essa má-prática pode causar sérios problemas à saúde visual. A melhor forma de evitar esse problema é procurar um profissional capacitado e especializado, que domine todos os aspectos da blefaroplastia.
No caso da blefaroplastia bilateral (duas pálpebras superiores ou duas pálpebras inferiores), a cirurgia leva em média 40 minutos – contando o tempo de marcação dos cortes com a caneta e o compasso, bem como as fotografias. Embora rápida, não é simples – como toda cirurgia. Após o procedimento, o paciente geralmente é logo liberado para iniciar o pós-operatório em casa.
A blefaroplastia é realizada com o paciente sob sedação. Nas pálpebras, o médico realiza um procedimento chamado de “infiltração” no local onde a cirurgia vai ser feita. Com esses dois passos, o paciente não sente dor.
Todo esse procedimento é realizado por um anestesista, que acompanha toda a cirurgia. O anestesista trabalha junto com o cirurgião para dar o maior conforto possível ao paciente e, também, controlar os sinais vitais do paciente.
É normal sentir desconforto no pós operatório e, até mesmo, surgir um pouco de sangramento. Mas atenção: nem a dor nem o sangramento podem ser excessivos. Nesses casos, entre em contato imediatamente com o cirurgião, com a clínica e, caso aconteça na madrugada, por exemplo, procure uma emergência oftalmológica.
Como um pouquinho de dor é esperada, conforme explica a Dra. Elisa Barreto, alguns médicos podem deixar prescritos medicamentos analgésicos. Mas isso varia conforme o caso e a prescrição de medicamentos é uma decisão exclusiva do médico.
No pós operatório imediato, é muito importante que o paciente siga todas as recomendações médicas.
Todos os pacientes devem fazer a compressa gelada após a cirurgia de blefaroplastia. Durante a cirurgia, inclusive, a equipe médica já inicia a compressa, conforme nos contou a Dra. Elisa Barreto.
O paciente deve ficar muito atento às recomendações médicos para o pós-operatório. Seguir direitinho essas recomendações são fundamentais para o sucesso da cirurgia e para o processo de cicatrização.
Alguns das recomendações são:
Importante: a lista acima é somente um exemplo geral e as recomendações pós-operatórias podem variar conforme o caso. Siga sempre as orientações do seu médico.
A blefaroplastia inferior e superior possuem tempo de resultados diferentes entre si.
Na blefaroplastia superior, normalmente alguns resultados começam a aparecer a partir do sétimo dia e o resultado definitivo costuma demorar de 30 a 90 dias.
Já a blefaroplastia inferior demora um pouquinho mais e pode variar muito conforme o caso. Nessa região, existem muitos vasos linfáticos que demoram mais para drenar e, às vezes, o médico pode até mesmo indicar uma massagem linfática em alguns casos.
Os médicos não podem divulgar imagens de antes e depois de seus pacientes. Essa prática é proibida porque pode levar outros pacientes a uma ilusão de obter um resultado igual ao de outra pessoa. Mas a medicina não é uma ciência exata e o resultado varia conforme cada caso.
Mais importante do que ver o resultado de outra pessoa, é o médico e o paciente estarem alinhados quanto aos resultados que podem ser atingidos.
Como a cirurgia é realizada em ambos os olhos, existem recomendações específicas para a hora de dormir. Nos primeiros dias, é preciso tomar muito cuidado para não dormir em cima dos pontos. Por isso, é recomendado dormir de barriga para cima com a cabeceira da cama elevada por alguns dias, conforme a recomendação médica.
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A blefaroplastia, cirurgia realizada nas pálpebras superiores ou inferiores, pode ser realizada pelo oftalmologista especialista em plástica ocular (oculoplástico) e pode ir muito além de questões estéticas. Neste texto, respondemos às principais perguntas sobre a blefaroplastia: como funciona, para quem é indicada e o preço de uma blefaroplastia.
O pós-operatório da blefaroplastia, a famosa cirurgia das pálpebras superiores ou inferiores, é relativamente tranquilo e sem dores. Apesar disso, é comum surgirem hematomas e
A blefaroplastia, cirurgia que levanta pálpebras ou elimina bolsas de gordura abaixo dos olhos, deve ser realizada por cirurgião especialista nesse tipo de procedimento e,
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