Existem alguns procedimentos mínimos que precisam estar presentes em toda consulta eletiva com o médico oftalmologista:

1. Anamnese (conversa com o paciente);
2. Auto refrator e ceratometria computadorizados;
3. Exame de Refração e Acuidade Visual;
4. Biomicroscopia na Lâmpada de Fenda;
5. Fundoscopia ou Exame de Fundo de Olhos;
6. Tonometria ou Pressão Intraocular;
7. Orientações Médicas.

A anamnese oftalmológica é uma entrevista realizada pelo médico para compreender as queixas do paciente, histórico familiar, condições médicas pré-existentes e outros fatores relevantes para a saúde ocular, como cirurgias realizadas ou o uso de medicamentos, por exemplo. 

Esse é o momento de falar bastante com o médico, não tenha vergonha!

O auto refrator e a ceratometria são exames computadorizados que ajudam a determinar o grau estimado necessário para uma visão nítida. Esses exames auxiliam o médico a diagnosticar doenças corneanas, como o ceratocone. E, para quem já foi a um oftalmologista alguma vez na vida, o auto refrator é aquele famoso exame do balãozinho!

A refração e acuidade visual são exames realizados para determinar a quantidade de visão do paciente e identificar se há necessidade de prescrição de óculos ou outros tratamentos para miopia, hipermetropia, astigmatismo e outras condições visuais. 

Caso o paciente não atinja a visão máxima nesse exame, o oftalmologista já começa a pensar em hipóteses de algumas doenças oculares. E, para investigá-las, pode realizar outros exames no consultório ou até mesmo pedir exames complementares.

Durante a inspeção externa dos olhos, o médico avalia a posição do globo ocular, simetria, desvios, posicionamento das pálpebras e abertura palpebral, identificando possíveis anomalias ou condições que possam afetar a saúde ocular.

A biomicroscopia é realizada com um aparelho chamado lâmpada de fenda, que permite uma avaliação detalhada das estruturas oculares internas e externas, incluindo pálpebras, cílios, conjuntiva, córnea, íris, pupila, cristalino e qualidade da lubrificação dos olhos.

Esse exame também auxilia no diagnóstico de várias condições oculares, como conjuntivite, alergias, disfunções no canal lacrimal e nas pálpebras e presença de corpos estranhos.

Na biomicroscopia com a lâmpada de fenda, o oftalmologista consegue diagnosticar a catarata, o grau da catarata e se há necessidade de fazer a cirurgia para retirá-la. 

O exame de fundo de olho, realizado na lâmpada de fenda, permite ao médico avaliar a retina, o disco óptico e o vítreo. Esse exame é essencial para diagnosticar doenças graves como a retinopatia diabética, a degeneração macular relacionada à idade e o descolamento de retina.

Somente um médico oftalmologista é capaz de fazer o exame de fundo de olho da maneira correta. Caso não seja possível realizar o exame na primeira tentativa ou se o paciente tiver alguma condição que exija um exame mais detalhado na retina, o médico usa colírios para dilatar a pupila do paciente.

O exame de fundo de olho faz parte dos exames básicos de uma consulta oftalmológica e não deve ser cobrado à parte quando houver necessidade de dilatar a pupila.

A avaliação do nervo óptico auxilia no diagnóstico de doenças inflamatórias e ajuda a elaborar hipóteses diagnósticas para sintomas como perda do campo visual e dor de cabeça, por exemplo, e para o diagnóstico de glaucoma.

A tonometria é o exame que mede a pressão intraocular e deve ser feito pelo menos uma vez ao ano. Esse exame é importante para o diagnóstico e acompanhamento de doenças oculares, como o glaucoma. É importante ressaltar que a pressão intraocular é diferente da pressão arterial. 

Os exames complementares necessários variam de acordo com cada caso, sendo solicitados apenas os que são estritamente necessários para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

O médico oftalmologista é um profissional capacitado para realizar os exames, interpretar os resultados e formular hipóteses diagnósticas. 

Com as hipóteses diagnósticas, o médico vai tomar a conduta mais adequada, que pode envolver prescrição de óculos, prescrição de colírios, medicamentos por via oral, cirurgia (urgentes ou eletivas), solicitação de exames complementares, injeção intraocular ou orientar o paciente a manter acompanhamento regular em caso de o paciente estar saudável.

1. Leve todos os seus exames ou receitas médicas anteriores;
2. Anote todos os medicamentos que esteja utilizando;
3. Devido à possibilidade de dilatar a pupila, você pode ficar com a capacidade visual um pouco limitada temporariamente. Por isso, se puder, leve um acompanhante.
4. Não utilize lentes de contato por pelo menos 3 dias antes da consulta;
5. Se já usa óculos ou lentes, leve a receita antiga ou o próprio par de óculos.
6. Faça muitas perguntas ao seu médico!